Tendinite patelar e o melhor tratamento

A tendinite do patelar é responsável por grande parte da incapacitação à prática esportiva. Os atletas mais acometidos são aqueles que realizam muitos saltos (vôlei, salto em distância, etc) e, por conta disso, também chamamos essa patologia de joelho do saltador ou “jumpers knee”.

O tendão patelar tem a função principal a potencialização do músculo quadríceps. Este músculo é um dos mais potentes do nosso corpo e sua função plena depende da patela (ou rótula) e de um tendão patelar saudável. Quando esse tendão inflama o paciente passa a ter a tendinite.

A tendinite patelar ocorre por conta de um esforço repetitivo sobre o tendão patelar do atleta. Pessoas com sobrepeso ou com o joelho desalinhado, como joelho genu varo ou geno valgo também estão no chamado grupo de risco da doença.

O paciente com tendinite patelar sente uma dor contínua na parte anterior do joelho. É importante notar as características do desconforto, pois elas sinalizam a fase da doença. Quando a dor surge após uma atividade e não interfere na mesma, significa que a tendinite está na fase 1.  Se a dor for durante ou após a prática esportiva é a fase 2. Na fase 3 o desconforto é tanto durante quando depois do esporte e na última fase. Se não tratada adequadamente, dores constantes e diárias podem acometer esses pacientes, levando a uma grande diminuição de performance do atleta.

O tratamento é basicamente conservador. Um processo de reabilitação com fisioterapia deve ser instituído e inclui a diminuição ou parada da atividade esportiva realizada, aplicação de gelo, e medidas físicas anti-inflamatórias como o TENS e ultrassom. É fundamental que se realize um aperfeiçoamento dos alongamentos, reforço muscular apropriado e treino de equilíbrio neurológico que chamamos de propriocepção.

Procedimentos cirúrgicos são indicados em casos crônicos e graves e é um procedimento de exceção. Os dois principais procedimentos incluem perfuração da porção inferior da patela, onde o objetivo é aumentar o suprimento vascular da região afetada e o corte longitudinal do tendão envolvido, onde o principal objetivo é o de retirar o tecido cicatricial do tendão doente.

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