O uso prolongado de medicações para o tratamento da osteoporose tem que ser monitorado de perto pelo médico, através do acompanhamento do paciente.
Atualmente, temos nos deparado com fraturas do fêmur “espontâneas” (sem trauma ou queda) nos pacientes que tomam a medicação por um tempo prolongado.
Isso ocorre, pois, a medicação tem um mecanismo de ação que realmente melhora a qualidade do osso, mas, em alguns casos, ocorrem áreas de fragilidade óssea que podem levar a fraturas atípicas.
Nos protocolos atuais de tratamento, devemos suspender a medicação após 3 a 5 anos de uso e retomá-las após 3 a 5 anos se houver necessidade.
Na maioria dos casos o paciente apresenta uma dor leve na face lateral da coxa que não o limita para as suas atividades diárias e, por isso, o paciente não vai procurar o médico e até nem se lembra de relatar o sintoma numa consulta.
Essa dor pode ser o início de uma microfratura que não afeta a estrutura do fêmur e não impede o paciente de ter uma vida normal no seu dia-a-dia. Com o passar das semanas, essa fratura vai crescendo até que haja a fratura completa desse osso, gerando dor e uma grande limitação funcional.
É muito comum que haja essa microfratura nos dois fêmures, em estágios de evolução diferentes.
O tratamento dessa lesão é iminentemente cirúrgico. Mesmo que haja somente a microfratura, há a necessidade de fixação do fêmur preventivamente para que ele não quebre por completo.
Por tudo isso é que o seguimento médico é fundamental e, em caso de dúvida, o paciente deve procurar um ortopedista para tentar antever o diagnóstico e evitar complicações mais graves por conta de uma fratura completa do fêmur.